CIÊNCIA MÉDICA NA CIDADE DO SALVADOR. TRÊS CADEIRAS, UM PROJETO: SANAR A DOENÇA DO ATRASO
DOI:
https://doi.org/10.14393/Hygeia617004Palavras-chave:
Higienismo, Medicina Nervosa/Neurologia, EugeniaResumo
Os discursos assepsistas tinham a ambição de tentar mudar os destinos da cidade do Salvador, a partir da promoção do encaminhamento para o progresso inexorável. A ideia de progresso sob essa perspectiva aparece como um mito renovado por um aparato ideológico novo e que estava interessado em convencer que a história tem destino certo e glorioso. Este aparato era o científico, e, quem dentro do escopo destes conhecimentos mais absorveu polêmicas, foi sem sombra de dúvidas 2 cadeiras da Faculdade de Medicina da Bahia. Quais sejam: a Cadeira de Higiene e Cadeira de Medicina Nervosa/Neurologia que, em um período de 60 anos (de 1870 a 1930), são as responsáveis por 42% da produção acadêmica da mencionada instituição. Mantendo relações compromissos inequívocos com os modelos evolucionistas, tais discursos, tais produções, impuseram-se na qualidade de teorias que forneciam as justificativas teóricas mais amplamente aceitas para acolher as práticas imperialistas de dominação. Na realidade, tanto o Higienismo, quanto a Medicina Cirúrgica ou Medicina Nervosa/Neurologia instituem interesses na formação de uma nova imagem para o Brasil, que deveria apresentar-se, a partir da ruptura com o modelo de desenvolvimento escravista, como um espaço geográfico moderno, industrioso, civilizado e científico.Downloads
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02-02-2011
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Artigos
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TORREÃO SÁ, Tânia Regina Braga. CIÊNCIA MÉDICA NA CIDADE DO SALVADOR. TRÊS CADEIRAS, UM PROJETO: SANAR A DOENÇA DO ATRASO. Hygeia - Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde, Uberlândia, v. 6, n. 11, p. 150–174, 2011. DOI: 10.14393/Hygeia617004. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/hygeia/article/view/17004. Acesso em: 20 maio. 2025.