Pausa nas submissões
Pausa nas submissões de artigos na Domínios de Lingu@gem.
As submissões para as seções temáticas continuam abertas!
Saiba mais sobre Pausa nas submissõesCaros autores.
No período de 01/01/2026 a 30/06/2026, a Domínios de Lingu@gem continuará com as submissões abertas para as duas seções temáticas de 2026 da revista. As submissões em fluxo contínuo para o volume 20, no entanto, estarão temporariamente suspensas em virtude da grande quantidade de artigos recebida no ano de 2025. Voltaremos a receber artigos inéditos a partir de julho de 2026.
A revista, entretanto, se tornará bilíngue a partir de 2027 (nos pares inglês/português ou inglês/espanhol); artigos aceitos a partir de julho de 2026, com submissões em português, inglês ou espanhol, deverão ser traduzidos (pelos próprios autores) para o outro par de língua. Contamos com a compreensão de todos!
Seções temáticas 2026
Prazo de envio de textos para as seções temáticas: 30/06/2026. Os textos para essas seções devem ser enviados diretamente para cada seção (e não na seção de artigos).
Lexicografia e Inteligência Artificial
Organizadores: Claudia Zavaglia (UNESP), Renato Podrigues-Pereita (UFMS), Fábio Henrique de Carvalho Bertonha (UNESP).
A Lexicografia tem sido estudada prática e teoricamente há muitos anos e tem se firmado cada vez mais como Ciência consistente e crítica, com objeto de estudo, princípios teóricos e metodológicos próprios, conferindo-lhe um grau de autonomia científica. Assim como outras ciências do léxico, a exemplo da Lexicologia, da Terminologia e da Onomástica, ela possui um caráter interdisciplinar, à medida que, a depender dos objetivos estabelecidos para a investigação ou o tipo de dicionário que se pretende, o pesquisador precisa buscar epistemologias de outras áreas do conhecimento. Nesse contexto, movidos por um cenário em que a Inteligência Artificial (IA) parece predominar de alguma forma todas as áreas do conhecimento, a Lexicografia parece estar em discussão. Questiona-se, por exemplo, se os dicionários continuarão a ser idealizados, elaborados e presentes em nossas vidas, uma vez que o “significado” de uma palavra é facilmente detectado em qualquer motor de busca na Internet. Lexicógrafos, desde o advento da Linguística de Corpus, empreitam importantes reflexões teóricas e metodológicas sobre como a tecnologia pode ajudá-los em sua tarefa, hercúlea, desde sempre, de repertoriar as palavras, defini-las, contextualizá-las e armazená-las em suportes impressos ou digitais. Interrogam-se ainda se seu papel será substituído por uma máquina, como parece estar acontecendo, há anos com algumas profissões, como tradutores, revisores e professores. Com efeito, como se percebe em diversos contextos, a IA tem influenciado diretamente o fazer lexicográfico, a partir do momento em que lexicógrafos têm se deparado com a possibilidade de usar a IA em diversos momentos na elaboração de repertórios lexicográficos. Com isso, dicionários passam a ter projetos editoriais mais requintados na medida em que podem utilizar recursos tecnológicos da IA, com propostas mais arrojadas e modernas. Nesse cenário, no entanto, lexicógrafos podem passar a ter suas funções redefinidas e redirecionadas para atividades mais técnicas e estruturais, o que tem gerado muitas reflexões. Considerando, portanto, o impacto que IA tem gerado em vários contextos da sociedade, a busca por epistemologias dessa área e suas contribuições para a Lexicografia pode ser de grande valia em várias atividades técnicas e científicas da sociedade. Instigados por essa realidade, propomos rever, analisar e debater os novos papeis da Lexicografia e dos lexicográficos na era da IA. Nesse sentido, buscam-se trabalhos enquadrados sob os mais diferentes vieses teórico-metodológicos, incluindo abordagens interdisciplinares. Para tanto, aceitam-se textos que versem sobre os seguintes tópicos:
Trilhas, veredas e caminhos da pesquisa linguística do Brasil: uma homenagem a Ataliba T. de Castilho
Organizadores: Marcelo Módolo (USP), Renata Ferreira Costa (UFS), Hélcius Batista Pereira (UEM).
A presente seção temática tem como propósito prestar uma homenagem em vida a uma das figuras mais influentes da pesquisa linguística brasileira: o professor Ataliba Teixeira de Castilho. Ao longo de uma trajetória intelectual marcada pela generosidade acadêmica e pela inovação teórica, o professor Ataliba formou, direta ou indiretamente, gerações de docentes e pesquisadores, além de idealizar e liderar projetos que redefiniram os rumos da descrição linguística do português no Brasil. Entre as trilhas que ajudou a abrir e consolidar, destaca-se o Projeto Norma Urbana Culta (NURC), do qual participou desde a sua criação, em 1969, sendo responsável pela vertente paulista, inicialmente com Isaac Nicolau Salum e, posteriormente, com Dino Pretti (Castilho, 2006, p. 186). Tomando por objeto a oralidade culta em uso, o projeto produziu um acervo de transcrições e análises que alicerçou um volume impressionante de pesquisas sobre o português brasileiro falado, culminando, a partir de 1988, no Projeto Gramática do Português Falado (PGPF). Esses estudos transformaram a prática da pesquisa linguística no país, ao estabelecer procedimentos metodológicos rigorosos e adequados ao estudo da língua em uso, impactando também as investigações sobre o ensino e a aprendizagem da modalidade oral, como se observa em Castilho (2004). A contribuição do professor Ataliba manifesta-se igualmente no campo dos estudos funcionalistas. Obras como Castilho (2001), dedicadas à predicação sob uma ótica funcional, consolidaram sua atuação na interface entre gramática e uso. O interesse pelo fenômeno da gramaticalização (Castilho, 1997) levou-o a reformular o modo de compreender a dinâmica linguística, conduzindo-o à proposição de uma abordagem multissistêmica da língua. Nesse modelo teórico, desenvolvido em Castilho (2010), a língua é concebida como um sistema complexo, estruturado por um dispositivo sociocognitivo que organiza os subsistemas léxico, gramatical, semântico e discursivo, articulando processos de lexicalização, gramaticalização, semanticização e discursivização. Outra realização decisiva de sua trajetória foi a criação, em parceria com nomes como Rosa Virgínia Mattos e Silva e Dinah Callou, do Projeto Para a História do Português Brasileiro (PHPB). Idealizado em 1997, o PHPB reúne pesquisadores de diferentes linhas teóricas, organizados em equipes regionais, para investigar o passado do português brasileiro sob a perspectiva da linguística histórica e da história social da língua. A iniciativa, liderada em grande parte por Castilho, desempenha papel fundamental na constituição e no tratamento de corpora adequados à pesquisa histórica do português do Brasil, promovendo o diálogo entre teoria e empiria. Coerente com essas trilhas, veredas e caminhos que o professor Ataliba T. de Castilho percorreu e abriu à comunidade científica, este dossiê convida à submissão de trabalhos inseridos nos seguintes campos temáticos, todos marcados pela influência do homenageado:
Assim, mais do que celebrar uma trajetória, esta seção temática pretende estimular o diálogo com um legado vivo, convidando os pesquisadores a revisitar, expandir e renovar as sendas teóricas e metodológicas abertas por Ataliba T. de Castilho — trilhas, veredas e caminhos que continuam a orientar a linguística brasileira contemporânea.
Pausa nas submissões de artigos na Domínios de Lingu@gem.
As submissões para as seções temáticas continuam abertas!
Saiba mais Saiba mais sobre Pausa nas submissões
Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional (CC BY-NC-ND 4.0).
ISSN: 1980-5799. Uberlândia, BRASIL.
DOI: https://doi.org/10.14393/dl
Associada às seguintes bases de dados e diretórios: EBSCO, DOAJ, Latindex, Miguilim, Diadorim, MLA, REDIB, CiteFactor, Google Acadêmico, EuroPub, BIBLAT, Sumários.org, BASE, CLASE, JournalSeek, WorldCat, Periódicos CAPES, CIRC, ERIHPlus, EZ3, LA Referencia, OASIS, MIAR, J4F, Livre, HOLLIS, SCILIT, XJournals, ROAD e CNKI.
Revista Qualis A1, avaliação quadrienal CAPES 2020.